quinta-feira, 3 de maio de 2012


Câmbio suicida?

Em tempos cada vez mais modernos, onde a tecnologia e automação vem atingindo todos os seguimentos da sociedade, muitos se surpreendem ao ver uma motocicleta equipada com sistema de câmbio de mão, ou como ficou popularmente conhecido, câmbio suicida.
Ganhou este nome por requerer que o piloto soltasse uma das mãos do guidão sempre que fosse necessário a troca de marchas. E em alguns casos também impedia que se pusesse os dois pés no chão quando a moto estivesse parada. De fato, estes dois ‘detlahes’ foram responsáveis por alguns incidentes. O atual sistema de troca de marchas, sanou esse problema, trazendo mais segurança ao piloto e até mais conforto, mas para alguns tirou também um pouco do charme do estilo que já foi muito comum nas Harley-Davidsons e Indians feitas até a metade do século XX e copiado por muitas outras.
Hoje, a legislação brasileira também não permite esse estilo de câmbio (de acordo com o artigo 54 do CTB, os motociclistas só podem circular se estiverem segurando o guidão com as duas mãos), mas apesar disso, em busca de um estilo mais retrô e aliado à baixa fiscalização, muitos customizadores abrem mão da segurança e adotam este método em suas motocicletas. A forma mais comum de fazer essa adaptação, é transferindo o controle da embregem para a própria alavanca de câmbio, mas há quem prefira adaptá-lo para o pedal esquerdo – o que requer um certo aprimoramento na técnica de pilotar, e quando parado, só seria possivel apoiar ambos os pés no chão com a moto desengrenada ou desligada.



Embora o termo ‘Câmbio Suicida’, no Brasil, seja popularmente aplicado para qualquer modelo de câmbio de mão, em inglês, temos termos específicos para cada tipo. ‘Hand Shift‘, para quando a alavanca situa-se à frente do piloto, correndo na lateral do tanque de combustível e ‘Jockey Shift‘, para quando a alavanca liga-se diretamente ao motor, deixando o piloto em posição semelhante ao de um jockey (de cavalos) com uma mão para trás sempre que necessário a troca de marcha.
Independente dos termos utilizados, o que importa é a personalização e o estilo adotado. Faça da sua moto, a sua cara!




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